quinta-feira, 18 de março de 2010

Dizer se le a ellos


Há um sombra em mim e de mim que não sou eu.
Talvez seja...quem sabe, uma minuciosa e ténue sombra do que fui e já não sou.
Há um brisa da tarde que me arrepia a espinha curvada perante a tarde amena.
Há um silêncio escuro que me angustia e me separa de mim.
Há somente o meu nervoso inquieto que faz da minha sombra a tua ausência.
Há ainda a minha angústia por não ver sequer a tua sombra e poder nem sequer existir.

quarta-feira, 3 de março de 2010


“Olho na quietude da manhã e bruscamente apetece-me insultá-lo. Estúpido, estúpido! Mas ele tinha quase um ar feliz. Estúpido disse ainda desarmado na minha cólera, arrasado de fadiga. O que foste fazer? Uma vida inteira para te explicar, não consegui. Explicar-te que para lá de tudo estava a vida e isso é que era tudo.”.